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Frigoríficos brasileiros priorizam a China, reduzindo embarques de carne bovina ao mundo árabe

Países árabes reduziram em 30% compras de carne bovina brasileira nos cinco primeiros meses de 2020 As exportações do agronegócio brasileiro para países árabes recuaram 8% em valor e 3% em volume de janeiro a maio, pressionadas pela queda no comércio de carnes, informou nesta segunda-feira a agência Reuters, com base em dados da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. Segundo a Reuters, a China surge como uma opção mais competitiva aos frigoríficos de bovinos, em detrimento do mercado árabe. “O Brasil está exportando cada dia mais carne bovina para a China por causa dos preços que estão sendo praticados lá. Isso mexe (com a oferta) para o mundo árabe, não tem jeito”, disse à Reuters o secretário-geral da Câmara Árabe, Tamer Mansour. De acordo com informações da Reuters, o Brasil exportou 5,48 milhões de toneladas em produtos agropecuários aos árabes nos cinco primeiros meses do ano, ante 5,65 milhões de toneladas adquiridos em igual período de 2019. Somente em carne bovina o recuo foi de 30% no período, para 108 mil toneladas, de acordo com os dados da câmara, enquanto no segmento “aves” as vendas de carne e miúdos caíram 2,6% de janeiro a maio, para 616 mil toneladas, mas baixaram 11,5% em valor, para 904 milhões de dólares. A exportação de gado vivo também recuou, 42%. Por sua vez, diz a Reuters, os embarques de açúcar e soja cresceram 20,8% e 71,4%, respectivamente, mas não foram suficientes para compensar as perdas deixadas pelo setor de proteína animal. Dados do Ministério da Agricultura indicam que, nos cinco primeiros meses do ano, as exportações de carne bovina do Brasil para a China saltaram 128%, de 126 mil toneladas para 287,4 mil (Reuters). Fonte: Portal DBO Por: Dênis Cardoso  

Tabela de preço da boiada pronta sobe todos os dias

Com oferta curta, a indústria fica na pressão por cotações altas e só consegue comprar matéria-prima se colocar a mão no bolso. Sem novidades no mercado do boi gordo, ou seja, o preço voltou a subir nesta sexta-feira, 19 de junho, em algumas praças importantes do Brasil, como em São Paulo, onde a arroba a prazo bateu R$ 212, segundo dados levantados pela Informa Economics FNP – o que significou aumento de R$ 3/@ em relação ao valor da arroba registrado na sexta-feira anterior na praça paulista (R$ 209). Ao longo desta semana, os preços do boi gordo reagiram praticamente em todos as praças pecuárias do Brasil. O forte movimento de alta é resultado da grande escassez de boiadas prontas abate e, ao mesmo tempo, da grande procura por parte dos frigoríficos, que, embora se deparem com um menor volume de vendas de carne para o mercado interno, continuam ativos nas aquisições de gado para atender compromissos de exportação. Segundo a consultoria FNP, na maior parte das regiões pecuárias, novos lotes de animais terminados só conseguem ser adquiridos mediante a elevação dos preços da arroba. “Diante da oferta encurtada, as indústrias são pressionadas a pagar mais altos para adquirir a matéria-prima e, por sua vez, acabam realizando negócios apenas mediante a compra casada, quando tem a certeza dos compromissos de venda da carne para o atacado/varejo”, relata a FNP. As plantas habilitadas para vender carne bovina ao exterior são beneficiadas pela atuação ativa de compradores internacionais, sobretudo a China, o que ajuda a explicar a atual onda de valorizações do boi gordo. “A aquecida demanda do mercado externo e a desvalorização cambial estão favorecendo as margens dos frigoríficos, que conseguem pagar preços mais altos pela matéria-prima”, destaca a FNP. Giro pelas praças Em São Paulo, as ofertas de novos lotes de boiada são discretas e as programações de abate avançam com dificuldade, o que tem emplacado forte pressão nos preços dos animais terminados, informa a FNP. No Mato Grosso do Sul, o mercado registrou altas pontuais na cotação do macho nesta sexta-feira. No Rio Grande do Sul, as cotações também registraram novas altas sustentadas pela escassez de oferta de gado. No Paraná, a demanda ativa por animais, principalmente dos frigoríficos exportadores, segue impulsionando as cotações, de acordo com dados da FNP. No Pará, a arroba se valorizou neste último dia da semana. Diante da elevação dos preços, os frigoríficos locais conseguiram efetuar mais negócios e preencher as escalas para o fim da próxima semana, observa a FNP. Em Rondônia, os pecuaristas pesquisados registraram preferência pela maior retenção dos animais, especulando novas altas nos preços da boiada para conseguir fazer a reposição dos rebanhos. Poucos negócios foram realizados, mas a valores mais elevados. Em Goiás, os produtores avaliam o movimento de alta nas cotações e optam por segurar o gado terminado, o que tem prejudicado o avanço da liquidez no mercado. A arroba se valorizou nesta sexta-feira nas praças do Estado. Em Minas Gerais, diante da oferta restrita de gado, as indústrias promoveram novas altas nos preços oferecidos para conseguir originar matéria prima. Confira as cotações desta sexta-feira, 19 de junho, de acordo com a FNP: SP-Noroeste: R$ 212/@ a (prazo) MS-Dourados: R$ 195/@ (à vista) MS-C. Grande: R$ 199/@ (prazo) MS-Três Lagoas: R$ 199/@ (prazo) MT-Cáceres: R$ 185/@ (prazo) MT-Tangará: R$ 185/@ (prazo) MT-B. Garças: R$ 186/@ (prazo) MT-Cuiabá: R$ 180/@ (à vista) MT-Colíder: R$ 177/@ (à vista) GO-Goiânia: R$ 196/@ (prazo) GO-Sul: R$ 200/@ (prazo) PR-Maringá: R$ 207/@ (à vista) MG-Triângulo: R$ 199/@ (prazo) MG-B.H.: R$ 197/@ (prazo) BA-F. Santana: R$ 198/@ (à vista) RS-P.Alegre: R$ 198/@ (à vista) RS-Fronteira: R$ 196/@ (à vista) PA-Marabá: R$ 196/@ (prazo) PA-Redenção: R$ 197/@ (prazo) PA-Paragominas: R$ 202/@ (prazo) TO-Araguaína: R$ 194/@ (prazo) TO-Gurupi: R$ 191/@ (à vista) RO-Cacoal: R$ 189/@ (à vista) RJ-Campos: R$ 190/@ (prazo) MA-Açailândia: R$ 190/@ (à vista) Fonte: Portal DBO Por: Denis Cardoso

Brasil continuará com fortes exportações de carnes para a Ásia nos próximos 3 anos

Segundo analista do Itaú BBA, País deve ser favorecido com possível menor participação da Austrália no mercado global e lenta recuperação do plantel doméstico da China A recuperação do plantel de suínos da China após a epidemia da peste suína africana, que atinge o país desde agosto de 2018, não será suficiente para o abastecimento doméstico do país até os próximos três anos. A avaliação é do analista de Agronegócio, Alimentos & Bebidas do Itaú BBA, André Hachem. “A dinâmica de exportação de proteínas para a China ainda é muito favorável. A importação de carne bovina e suína pela China deve perdurar por, no mínimo, dois a três anos até a reconstrução do plantel doméstico“, disse o analista em coletiva de imprensa realizada pelo banco na manhã de segunda-feira, 15 de junho. Ele acrescentou que o rebanho de suínos do país está 50% menor que o nível antes da epidemia, levando a uma redução de 20 milhões de toneladas no volume produzido da commodity. Hachem pontuou, ainda, que mesmo com a migração para outras carnes, um terço da proteína animal consumida no país continua sendo de carne suína. “A produção de outras proteínas registrou aumento expressivo, mas a demanda por carne suína é significativa. Com isso, o governo afrouxou restrições sanitárias e abriu mercados para estimular as importações”, explicou. Segundo o analista, a indústria brasileira de proteínas vai continuar se beneficiando de exportações muito fortes para a Ásia, pelo menos, nos próximos três anos, com a China mantendo importações expressivas. “Exportações de carnes da América do Sul para a China devem continuar muito fortes em 2021. Nesse cenário, Minerva e Marfrig têm dinâmica favorecida com vendas significativas para a China”, explicou Hachem. O Brasil também deve ser favorecido no mercado global por uma possível menor participação da Austrália, especialmente nas exportações de carnes bovinas, que deve ser menor nos próximos dois a três anos. “A dinâmica dos próximos três anos ainda refletindo os impactos da peste suína africana é uma janela única para a indústria brasileira de proteína, que sempre enfrentou volatilidade. Ao fim deste ciclo, devemos ter empresas mais sólidas e com menor endividamento”, prevê Hachem. Em compensação, o consumo doméstico de carnes no País ainda apresenta um cenário incerto, de acordo com o analista. “A conjuntura local pós pandemia do novo coronavírus é desafiadora para o consumo de proteínas. Em caso de forte recessão, podemos ter migração de demanda de carnes de maior valor agregado, como a bovina, para proteínas de menor valor agregado, caso dos frangos. Mas ainda é muito difícil precisar esse cenário”, avaliou Hachem. Ele considerou também que as empresas devem ter dificuldade em repasse de possível alta do custo para os preços do produto final em virtude do cenário de retração econômica. Exportação de carnes do Brasil para a China (em bilhões de dólares) 2015= US$ 1,078 2016= US$ 1,752 2017= US$ 1,790 2018= US$ 2,592 2019= US$ 4,545 Dados: Agrostat FONTE: REDAÇÃO DBO COM CONTEÚDO ESTADÃO  

Rabobank prevê um 2º semestre mais positivo para o setor de carnes do Brasil

De acordo com o banco, além de manter o ritmo forte de crescimento das exportações, o Brasil pode registrar uma melhora no consumo doméstico Em postcast divulgado nesta segunda-feira, 15 de junho, Wagner Yanaguizawa, analista de proteína animal do Rabobank Brasil, fez uma previsão otimista para o setor brasileiro de carnes ao longo do segundo semestre. Especialmente sobre a carne bovina, na visão do analista, além de manter o ritmo forte de crescimento das exportações da proteína, o Brasil pode registrar uma melhora no consumo doméstico do produto a partir do último trimestre do ano. “Sazonalmente, a demanda interna pela carne bovina cresce nos meses mais quentes do ano”, observa Yanaguizawa. Segundo o analista, o esperado retorno no consumo doméstico de carne bovina ocorrerá justamente num período de menor impacto da Covid-19, doença que tem contribuído para o baixo consumo da proteína vermelha no Brasil. Em sua análise, ainda neste mês de junho, o País conviverá com picos de casos da doença. Nos próximos dois a três meses, diz ele, passará por um processo de flexibilização da quarentena e, a partir do último trimestre do ano, iniciará um processo de normatização da demanda interna de carne bovina – ou seja, em sua análise, a Covid-19 já não terá tanta força para reter o consumo da proteína. O analista ressalta que o Brasil é o novo epicentro da Covid, mas descarta a possibilidade de paralisações generalizadas nos abatedouros brasileiros por conta da propagação do vírus mortal. Segundo ele, diferentemente dos EUA – onde muitas fábricas de carne permaneceram temporariamente fechadas após a disseminação da Covid entre os funcionários –, o Brasil possui frigoríficos menores, com menos trabalhadores, e mais pulverizados geograficamente – obedecendo a própria caraterística da pecuária nacional, marcada pelo sistema extensivo de produção de boiadas, espalhadas por quase todo o Brasil. Além disso, diz Yanaguizawa, mesmo antes da Covid, a indústria brasileira de carne estava habituada ao processo de flexibilização momentânea dos abates – em caso de fechamento de uma determinada planta, é possível direcionar a produção para uma unidade vizinha, sem grandes prejuízos de produtividade, destaca ele. Fonte: Portal DBO Por Dênis Cardoso    

Ao nascimento ou sobreano: quais as opções do pecuarista na hora de castrar o boi?

O produtor Rubens Garcia, que tem propriedades em Mato Grosso do Sul e São Paulo, enviou pergunta ao Giro do Boi sobre o momento certo de fazer a castração dos animais e o método a ser utilizado. Quem respondeu a questão no Giro do Boi desta quarta, 27, foi o médico veterinário e consultor Ademir Ribeiro, da Estância Espora de Prata, em Ariquemes -RO, idealizador do Programa Touro Zero. “Essa questão da idade correta da castração, se for pela idade, você vai castrar quando o animal termina a puberdade. Então considerando aí 18 meses, ou um ano e meio de idade, praticamente todos os bovinos machos encerram a puberdade. É quando eles soldam as epífises e ali eles já formaram a carcaça, e a testosterona, que é o hormônio produzido pelo testículo, já deu a ele aquelas características secundárias de macho”, disse o veterinário. + Qual a idade ideal para castrar bezerros? “Agora nós usamos muito aqui em Rondônia, que dá certo, é castrar pelo peso. Nós castramos de 13 para 14 arrobas, que é de 390 a 420 quilos de peso vivo. Fazemos a castração cirúrgica, no canivete. Daí para frente você já joga na ração, seja no semiconfinamento ou no confinamento, e você vai ter uma terminação de carcaça”, recomendou. “Lembrando bem que após castração de 13 pra 14 arrobas, você precisa colocar aí pra terminar bem esse animal de 130 a 150 quilos de ganho de peso depois que você castrar”, avisou. + Diferenças entre confinamento, semiconfinamento e terminação intensiva a pasto “E também utilizamos aqui a castração ao nascimento. Na hora que cura umbigo, você já castra. Para quem tem uma boa programação de nutrição, também pode ser feito”, ponderou. Fonte: Giro do Boi 27/05/2020

Semana começa com arroba firme e estável nas principais praças pecuárias

Apesar do consumo retraído, a baixa produção nos frigoríficos tem sustentado as cotações em patamares estáveis O mercado do boi gordo abre a semana em banho-maria, refletindo uma certa posição de conforto nas escalas de abate dos frigoríficos, além da baixa demanda pela carne bovina no mercado doméstico. “O cenário é de firmeza e estabilidade de preços da arroba nas principais praças pecuárias”, relata a Agrifatto. Segundo a consultoria, a oferta de boiada pronta aumenta gradualmente no País, mas ainda há relatos de alguma retenção de animais terminados em pastagens que ainda fornecem suporte, como em algumas regiões do Norte e Nordeste – no restante do País, predomina o clima seco e frio. Na avaliação da Informa Economics FNP, o setor de bovinocultura de corte sente o impacto negativo da pandemia de Covid-19, reflexo do prolongamento das medidas de quarentena, do aumento do desemprego e da diminuição do poder aquisitivo da população. Tais fatores, diz a FNP, têm desenhado um movimento de retração ainda maior no consumo interno de carne bovina no curto e médio prazos, o que contribuí para o posicionamento cauteloso dos frigoríficos no mercado do boi gordo. “Apesar do consumo retraído, a baixa produção nos frigoríficos tem sustentado o preço dos principais cortes bovinas em patamares estáveis”, informa a FNP. Na avaliação da consultoria, no médio e longo prazos, a reduzida oferta de animais terminados e o crescente volume das exportações brasileiras de carne bovina devem sustentar patamares mais altos e firmes da arroba do boi gordo frente ao ano passado. Giro por algumas praças nesta segunda-feira No Mato Grosso, poucos negócios foram efetivados hoje no mercado do boi gordo, a valores mais baixos que as máximas anteriores. Alguns frigoríficos do Estado reportaram dificuldade no escoamento dos cortes bovinos e, sem necessidade de abates urgentes, limitam o fluxo de aquisições de boiada, segundo apuração da FNP. Em Minas Gerais, sem registro de chuvas, os produtores do estado aumentaram a oferta de gado, com receio de que os animais já terminados venham a perder peso com a diminuição da massa verde nos pastos. Em São Paulo, não houve registro de grandes negócios nesta segunda-feira e as cotações da arroba se mantiveram estáveis. As escalas dos frigoríficos pesquisados pela FNP se estendem por entre quatro a cinco dias e, com a instabilidade no consumo de carne, não deve haver atuação mais ativa dos compradores, que compram boiada gorda apenas para cumprir compromissos de até uma semana. Fonte: Portal DBO por DENIS CARDOSO

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